Jesus utilizava esse recurso para expressar verdades espirituais profundas
Por sua natureza, as parábolas têm muitos significado. Muitas vezes, elas não têm uma interpretação específica e estão abertas a ponderações espirituais, mostrando como uma história pode revelar alguma verdade em nossas vidas.
Além disso, Jesus usou parábolas para nos ajudar a penetrar mistérios que eram profundos demais, a fim de que pudéssemos entendê-los completamente. O Reino de Deus foi um dos assuntos mais comuns das parábolas de Jesus, revelando a sua natureza impenetrável e nossa incapacidade de compreendê-lo completamente nesta terra.
As parábolas também são exemplos perfeitos de como os vários sentidos das escrituras são revelados. Cada parábola tem um sentido literal (transmitido pelas palavras das Escrituras e descoberto pela exegese), bem como um sentido espiritual. O sentido espiritual das parábolas pode ainda ser separado em seu sentido alegórico (uma compreensão mais profunda dos eventos, reconhecendo sua importância em Cristo),seu senso moral (como eles devem nos levar a agir com justiça) e seu sentido anagógico (em termos de seu significado eterno, levando-nos a nossa verdadeira pátria).
O Catecismo da Igreja Católica ainda explica que: “parábolas são como espelhos para o homem: ele será solo duro ou boa terra para a palavra? Que utilidade ele fez dos talentos que recebeu? ”(CIC 546)
Se Jesus usasse definições diretas ao descrever o Reino de Deus, pareceria que uma pessoa poderia “controlá-lo” e “compreendê-lo”. Em vez disso, o Reino de Deus deve ser ponderado dentro do coração de alguém, como Maria fez com tudo o que aconteceu em sua vida. Deve ser internalizado e assumir um significado pessoal único, levando ainda mais esse indivíduo a um relacionamento mais profundo com Cristo.
Embora sejamos tentados a querer “os fatos corretos”, Jesus nos convida, através de parábolas, a abraçar o mistério de Deus e a reconhecer nossa incapacidade de compreender completamente quem é Deus e qual é o seu plano para nós.