A maioria dos cristãos no mundo pertence a uma Igreja que acredita na Presença Real
Sim. Eis como o Catecismo coloca: “No santíssimo sacramento da Eucaristia estão «contidos, verdadeira, real e substancialmente, o corpo e o sangue, conjuntamente com a alma e a divindade de nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, Cristo completo»”.
Os cristãos sempre acreditaram na Presença Real. E isso sempre foi chocante.
Jesus ensinou a doutrina mais claramente no sexto capítulo de João:
“Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.”
A reação escandalizada:
“Ao ouvirem isso, muitos dos seus discípulos disseram: “Dura é essa palavra. Quem consegue ouvi-la?”… Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo.”
Mas os apóstolos logo apreenderam o que Jesus queria dizer. Como São Paulo explicou, na primeira carta aos Coríntios, escrita por volta do ano 54:
“Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;
E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.”
Depois de ressuscitar dos mortos, Jesus demonstrou que permaneceria conosco na Eucaristia. Em Emaús, dois discípulos não reconheceram Jesus até que: “Quando estava à mesa com eles, tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu a eles”.
A Eucaristia uniu os primeiros cristãos.
O que os primeiros cristãos fizeram? Eles celebraram a Eucaristia, de acordo com Atos:
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.”
O inestimável livro de ensino cristão, o Didache (79), chama a Eucaristia de “sacrifício”:
“Que ninguém coma nem beba da Eucaristia sem antes ter sido batizado” (Capítulo 9). “Reúna-se no dia do Senhor para partir o pão e agradecer após ter confessado seus pecados, para que o sacrifício seja puro” (Capítulo 14).
Regras estritas do Novo Testamento guardavam a Presença Real:
“Por esse motivo, quem comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor.”
Justino Mártir, em algum momento entre 147 e 161, escreveu em sua Primeira Apologia (Capítulo 66) sobre “esse alimento que chamamos de Eucaristia”:
“Nós não recebemos essas coisas como pão comum ou bebida comum; mas como Jesus Cristo, nosso Salvador, que sendo encarnado pela Palavra de Deus, tomou carne e sangue para nossa salvação, assim também fomos ensinados que o alimento consagrado pela palavra de oração que vem dele, do qual nossa carne e sangue são nutridos pela transformação, é a carne e o sangue de Jesus encarnado”.
O mundo entendeu no que os cristãos acreditavam e ficou chocado, acusando os cristãos de canibalismo.
Através dos anos, a Presença Real tem sido uma parte importante da espiritualidade cristã.
São João Crisóstomo (347-407) disse: “Você diz: ‘Eu gostaria de ver seu rosto, suas roupas, seus sapatos’. Você o vê, toca nele, você o come. Ele se entrega a você… para ser seu alimento e nutrição.
Santo Agostinho (354-430) disse: “Cristo manteve-se em suas mãos quando nos deu seu corpo através de seus discípulos, dizendo: ‘Este é o meu corpo’”.
São Francisco de Assis (1181-1226) disse: “Que sublime humildade… que o Senhor do universo, o divino Filho de Deus, rebaixe-se e escondasse-se sob a aparência de pão para nossa salvação”.
J.R.R. Tolkien (1892-1973) escreveu a seu filho: “Eu ponho diante de vocês a grande coisa a amar na terra: o Santíssimo Sacramento. Lá você encontrará amor, glória, honra, fidelidade e o verdadeiro caminho”.
Madre Teresa de Calcutá (1910-1997) disse: “Quando você olha para o crucifixo, compreende o quanto Jesus amava você. Quando você olha para a Hóstia Sagrada, você entende o quanto Jesus te ama agora”.
Até hoje, a maioria dos cristãos em todo o mundo acredita na Presença Real de Jesus na Eucaristia.
Há pouco mais de 2 bilhões de cristãos no mundo. Metade desses, cerca de 1 bilhão, são católicos (desses, apenas 7% estão nos Estados Unidos). Outros 12% dos cristãos do mundo são cristãos ortodoxos que também acreditam na Presença Real.
Isso significa que mais de 3 de cada 5 cristãos pertencem a uma Igreja que acredita na Presença Real.