“Que a Saúde se Difunda sobre a Terra” (cf. Eclo 38,8)
Na Comemoração do 7 de abril, que a Organização Mundial da Saúde adotou no ano de 1948, para assumirmos uma consciência mais abrangente e plena do que significa a saúde como estado de bem-estar físico, mental, socioambiental, somos convidados a refletirmos e nos comprometermos com a defesa da saúde.
Desde a criação desta data, a saúde da população mundial nunca esteve tão ameaçada. No Brasil, chegamos ao índice assustador de mortes pela Covid19, piorando o cenário econômico, de desempregos e para as micros e pequenas empresas do país. Milhares de microempreendedores estão fechando suas portas, trabalhadores autônomos estão sem renda e o desemprego vem aumentando.
Apesar de tantas vidas ceifadas, graças ao SUS e aos valorosos e dedicados profissionais da saúde, um número muito maior de pessoas foram salvas, ainda que sofrendo com seu desmonte sistemático via precarização e sub-financiamento, tornando unidades básicas de atendimento e hospitais incapazes de cumprir minimamente a sua função. É inaceitável e indigno conviver com a mistanásia social, com os corredores do descaso e da morte, causados também pela carência de profissionais de saúde. Devemos passar do SUS vivido hoje ao SUS pensado e desejado, previsto na Constituição e nas suas leis fundantes, que garantem um atendimento público, universal, igualitário como direito de cidadania a toda população brasileira. Para isso, para nós, brasileiros, torna-se necessário avivar e recriar o sonho que animou o movimento sanitarista e outros coletivos, incluindo a Pastoral da Saúde, com seus muitos agentes comprometidos com a melhoria da saúde pública, para exigir e fazer acontecer a saúde integral como direito dos cidadãos e dever do Estado.