Dons do Espírito Santo

  1. O ESPÍRITO SANTO

Sem o Espírito Santo,
“Deus parece estar longe,
Cristo permanece algo do passado,
o Evangelho é letra morta,
a Igreja uma simples organização,
a autoridade é um domínio,
a missão é apenas uma propaganda,
o culto uma simples lembrança
e o agir cristão torna-se uma moral de escravos”. (Ignatios de Lattaquié, Upsala, 1968)

“Ó Espírito Santo! Amor do Pai e do Filho,
Inspirai-me sempre o que devo pensar,
o que devo dizer, o que devo calar,
o que devo escrever, como devo agir,
o que devo fazer, para obter vossa glória,
o bem das almas e minha própria santificação”.(Cardeal Verdier)

 

  1. Oração ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora, fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da santa Igreja!

Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do senhor Jesus!
Um coração grande e forte para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos!
Um coração grande e forte para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa!

Um coração grande e forte, constante até o sacrifício, quando for necessário!

Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir humilde, fiel e virilmente, a vontade do Pai. Amém. (Paulo VI)

  1. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

– Lubrificantes da alma…

A SABEDORIA:
ver como Deus vê…

  • uma especial participação daquele conhecimento misterioso e máximo, que é próprio de Deus;
  • é a raiz de um conhecimento novo;
  • um conhecimento permeado de caridade;
  • leva a experimentar como que o “sabor de Deus” (S. Agostinho);
  • faz ter familiaridade com as coisas de Deus;
  • é uma especial capacidade de avaliar as coisas humanas
    segundo as medidas de Deus.

O ENTENDIMENTO (INTELIGÊNCIA):
penetrar, compreender a fundo…

  • “intus legere”, que significa “ler dentro”;
  • quase uma intuição da verdade divina;
  • abre o coração à alegre percepção do desígnio amoroso de Deus;
  • faz ver melhor os numerosos sinais de Deus
    que estão inscritos nas coisas criadas.

A CIÊNCIA:
perceber o verdadeiro valor das criaturas
em sua relação com o Criador…

  • ajuda a avaliar retamente as coisas em sua essencial dependência do Criador;
  • graças a ela – diz Santo Tomás – o homem não estima as criaturas mais do que aquilo que valem e não põe nelas, mas em Deus, o sentido da própria vida”;
  • faz ver as coisas como manifestações verdadeiras e reais da verdade, da beleza e do amor infinito de Deus.

O CONSELHO:
ilumina a consciência nas escolhas morais de cada dia…

  • enriquece e aperfeiçoa a virtude da prudência;
  • guia por dentro especialmente quando se trata de escolhas importantes;
  • faz ver melhor que coisa fazer em determinada circunstância;
  • ajuda a penetrar no verdadeiro sentido dos valores evangélicos.

A FORTALEZA:
torna forte contra a força da fraqueza…

  • sustenta a virtude moral da fortaleza;
  • é um impulso sobrenatural, que dá vigor à alma não só em momentos dramáticos, mas também nas habituais condições de dificuldades;
  • dá forças para permanecer coerente com os princípios.

A PIEDADE:
ternura para com Deus e para com os irmãos e as irmãs…

  • ternura que se exprime na oração;
  • faz ter confiança profunda em Deus, percebido como providente e bom;
  • está na raiz daquela nova comunidade humana – a civilização do amor;
  • é amor filial e amor fraterno.

O TEMOR DE DEUS:
senso de responsabilidade e de fidelidade à Lei de Deus…

  • é o princípio da sabedoria (Pr 1,7);
  • não é medo de Deus; não é medo irracional;
  • sentimento de quem está diante da “tremenda” majestade de Deus, especialmente ao refletir sobre a própria infidelidade;
  • é temor filial, sentimento radicado no amor para com Deus;
  • preocupação de não ofender em nada, mas de permanecer e crescer na caridade;
  • conjugado com o amor de Deus, dele depende toda a prática das virtudes cristãs.
    (Da Catequese de João Paulo II)

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