Na encíclica Laudato Si’ – sobre o cuidado da casa comum, o Papa Francisco afirma ser “muito nobre assumir o dever de cuidar da criação com pequenas ações diárias”, e que “é maravilhoso que a educação seja capaz de motivar para elas até dar forma a um estilo de vida”.
A diminuição no uso do papel e a destinação para ações transformadoras, nesse sentido, relacionam o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, com as reflexões do Papa Francisco apresentadas na Laudato Si’.
“A educação na responsabilidade ambiental pode incentivar vários comportamentos que têm incidência direta e importante no cuidado do meio ambiente, tais como evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias… Tudo isto faz parte duma criatividade generosa e dignificante, que põe a descoberto o melhor do ser humano”
A Coleta Nacional
Gesto concreto da Campanha da Fraternidade (CF), a Coleta da Solidariedade é realizada em âmbito nacional, todos os anos, no Domingo de Ramos. Em 2022, acontecerá no dia 10 de abril. Os recursos arrecadados integram os Fundos Diocesanos e Nacional de Solidariedade que têm contribuído para a promoção da dignidade humana, o compromisso com os pobres e a vida plena.
Do total arrecadado na Coleta para a Solidariedade, 60% fica na própria diocese e é gerido pelo Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS) com o objetivo de apoiar iniciativas e projetos locais. Os outros 40% compõem o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), que é administrado pelo Departamento Social da CNBB, sob a orientação do Conselho Gestor da CNBB.
Bispo, padres, religiosos(as), lideranças leigas, agentes de pastoral, colégios católicos e movimentos eclesiais são os principais motivadores e animadores da Campanha da Fraternidade em suas comunidades, paróquias e dioceses.
A Igreja espera que todos participem oferecendo sua solidariedade em favor das pessoas, grupos e comunidades, pois “ao longo de uma história de solidariedade e compromisso com as incontáveis vítimas das inúmeras formas de destruição da vida, a Igreja se reconhece servidora do Deus da vida”.